Principais Modelos de Vendas para Otimizar Seu Negócio
12/4/20258 min read
Se você é dono de um pequeno negócio, profissional liberal ou gestor de uma microempresa, provavelmente já sentiu isso na pele: vender é urgente, mas o jeito que você vende parece meio improvisado.
Você responde WhatsApp no desespero, posta nas redes quando dá tempo, manda proposta sem padrão… e no fim do mês pensa: “Trabalhei igual um louco, mas não sei de onde veio cada venda.”
É aqui que entram os modelos de vendas. Não como teoria bonita, mas como forma de organizar, prever e escalar o que hoje ainda depende só de esforço e sorte.
Neste artigo, vamos falar de três modelos que podem mudar a forma como você vende:
Funil de Vendas
Marketing Multinível (MMN)
E-marketplace
A ideia não é encher sua cabeça de conceito. É mostrar, de forma simples, como cada modelo funciona, quem se beneficia mais dele, e como pequenos negócios podem usar esses modelos de vendas para ter mais clareza e eficiência comercial.
Organização não é frescura. É o que separa o negócio que vive de “correria” do negócio que vive de resultado.
O que são modelos de vendas (e por que isso importa para o pequeno negócio)
Modelos de vendas são, basicamente, jeitos organizados de vender. Eles definem:
como o cliente chega até você,
como você conduz a conversa,
quem participa da venda,
e por quais etapas alguém passa até comprar.
Quando você não escolhe conscientemente um modelo, você acaba operando no modo “apagando incêndio”: vende quando aparece alguém, atende da forma que dá e torce para dar bom.
Quando você escolhe e ajusta seus modelos de vendas, passa a:
entender de onde vêm seus clientes,
identificar onde você perde vendas,
priorizar o que gera mais resultado,
automatizar partes do processo,
e construir uma máquina de vendas previsível, mesmo sendo pequeno.
Vamos para os três modelos mais usados – e como aplicar na sua realidade.
Funil de Vendas: o modelo de vendas mais importante para organizar seu comercial
Se você fosse escolher só um dos modelos de vendas para dominar, seria o Funil de Vendas.
O funil é uma forma visual e organizada de enxergar o caminho que o cliente percorre:
desde que descobre que você existe,
até o momento em que ele efetivamente compra.
Etapas básicas de um Funil de Vendas
Os nomes podem mudar, mas a lógica é sempre parecida. Um funil simples pode ter:
Topo do funil (Descoberta / Atenção) – Pessoas que te conheceram agora, viram um anúncio, um post, um vídeo, uma indicação.
Meio do funil (Interesse / Consideração) – Já estão mais interessadas, pedem mais informação, baixam um material, mandam uma mensagem, conversam no WhatsApp.
Fundo do funil (Decisão / Fechamento) – Estão prontas para decidir: recebem proposta, negociam, tiram dúvidas finais, fecham ou não a venda.
No dia a dia de um pequeno negócio, isso pode ser traduzido assim:
Topo: seguidores do Instagram, pessoas que clicaram no seu anúncio, entraram no seu site ou passaram na frente da sua loja.
Meio: quem pediu orçamento, fez uma pergunta específica, entrou no grupo de WhatsApp, respondeu uma pesquisa.
Fundo: quem recebeu uma proposta, agendou uma visita, marcou uma sessão, colocou produto no carrinho.
Por que o Funil de Vendas muda o jogo
Quando você começa a operar com Funil de Vendas, deixa de pensar só em “venda fechada” e passa a olhar o processo inteiro. Isso traz clareza brutal:
Você sabe de onde vem o problema: falta de leads no topo? Falta de nutrição no meio? Ou dificuldade de fechamento no fundo?
Você prioriza ações certas: em vez de postar mais por postar, talvez você precise melhorar a proposta, o atendimento ou o prazo.
Você consegue automatizar partes do processo: respostas automáticas, e-mails de acompanhamento, mensagens de lembrete.
Empreendedor desorganizado acha que “precisa vender mais”. Empreendedor organizado sabe exatamente em qual etapa está perdendo dinheiro.
Exemplo prático de Funil de Vendas com automação simples
Imagine um pequeno escritório de contabilidade ou um consultório de estética. O fluxo pode ser algo assim:
Cliente vê um anúncio convidando para uma consultoria rápida gratuita.
Clica em um formulário simples e preenche nome, WhatsApp e interesse.
Ao enviar o formulário, uma automação dispara:
Mensagem automática de boas-vindas no WhatsApp,
e-mail com resumo do serviço,
notificação para alguém da equipe entrar em contato em até X horas.
Essa pessoa entra em contato e agenda a consultoria.
Depois da consultoria, outra automação envia:
uma mensagem perguntando se ficou alguma dúvida,
e um convite para fechar o serviço com uma oferta clara.
Em um CRM ou até em uma planilha organizada, isso pode ser representado por colunas (etapas do funil) e automações simples que “puxam” o contato de uma etapa para outra.
// Exemplo conceitual de automação em um funil Quando: novo formulário enviado Então: - criar contato no CRM - adicionar à etapa "Novo Lead" - enviar mensagem automática de boas-vindas - notificar responsável pelo comercial
Essa é a essência do “jeito OQV”: organizar primeiro, automatizar depois. Organização de Funil de Vendas + automação simples + IA para responder dúvidas mais comuns = operação mais leve e previsível.
Marketing Multinível: o modelo de vendas baseado em rede
Outro dos modelos de vendas bastante conhecido é o Marketing Multinível (MMN), também chamado de marketing de rede.
Aqui, o modelo não depende só da venda direta de um produto ou serviço. Ele se apoia em:
venda pessoal (pessoa a pessoa), e
formação de rede (pessoas indicando e recrutando outras pessoas).
Como funciona o Marketing Multinível
No MMN, você costuma ter:
Uma empresa que oferece um produto/serviço com preços e margens definidos.
Pessoas que se tornam distribuidores, comprando ou tendo acesso a esses produtos.
Esses distribuidores ganham dinheiro:
vendendo diretamente para clientes finais, e
recrutando outros distribuidores, recebendo percentual sobre o que essa rede movimenta.
A grande promessa do modelo é a construção de renda recorrente a partir da rede, com foco em:
indicação,
relacionamento,
treinamentos em grupo,
e vendas recorrentes de produtos de consumo.
Vantagens e riscos do Marketing Multinível
Alguns pontos positivos:
Baixo investimento inicial (na maioria dos casos).
Modelo pronto de produto, preço e treinamento.
Forte incentivo ao desenvolvimento pessoal e comercial.
Mas é um modelo que exige maturidade:
Nem toda empresa de MMN é séria ou sustentável.
É fácil confundir “rede” com esquema em que praticamente só o recrutamento importa.
Muita gente entra sem entender que é um negócio de vendas com disciplina e processo, não atalho para dinheiro rápido.
Marketing multinível não é mágica. É um modelo de vendas estruturado em rede. Sem organização, sem rotina e sem foco em cliente real, vira frustração.
O que o pequeno negócio pode aprender com o MMN
Mesmo que seu negócio não seja de marketing multinível, ele traz boas lições:
Força da indicação organizada: criar um programa simples de indicação para clientes, com recompensa clara, pode multiplicar suas vendas.
Formação de rede: em vez de depender só de você, pensar em representantes, revendedores ou parceiros locais.
Treinamento contínuo: vendedores e parceiros precisam de roteiro, material, argumento. Não dá para jogar a pessoa “no campo” sem preparo.
Se você quiser estruturar uma “mini-rede” de revendedores ou parceiros, por exemplo, a organização é tudo:
Quem é parceiro ativo?
Quanto cada um vendeu no mês?
Como você acompanha e remunera?
Qual material de vendas todos usam (para não virar bagunça de informação)?
Mais uma vez, modelos de vendas só funcionam bem quando estão organizados. Se não, a rede vira confusão.
E-marketplace: vender onde o cliente já está comprando
Outro modelo que cresce cada vez mais é o e-marketplace, também conhecido como marketplaces digitais. São plataformas onde vários vendedores ofertam seus produtos e o cliente escolhe de quem comprar.
Se você vende produto físico, provavelmente já pensou (ou deveria pensar) em estar nesses ambientes.
Como funciona o modelo de e-marketplace
O e-marketplace é um dos modelos de vendas mais interessantes para pequenos negócios, porque:
Você usa a estrutura de outra empresa (plataforma, sistema de pagamento, tráfego de clientes).
Não precisa investir pesado em tecnologia própria para começar a vender online.
Consegue testar produtos, preços e ofertas em um canal de alta visibilidade.
A lógica básica:
Você cadastra seus produtos na plataforma.
Define preço, descrição, fotos e condições.
O cliente busca e encontra seus produtos junto de outros vendedores.
Quando a venda é feita, a plataforma cobra uma comissão, cuida (em muitos casos) do pagamento e às vezes até da logística.
Vantagens e desafios do e-marketplace
Vantagens:
Acesso rápido a muitos clientes.
Entrada mais barata do que criar todo um e-commerce próprio estruturado.
Confiança do público na plataforma (o que ajuda quem ainda não conhece sua marca).
Desafios:
Comissão sobre as vendas.
Concorrência direta por preço e reputação.
Dependência excessiva de um único canal, se você não planejar bem.
Marketplace não é solução mágica. É um canal de vendas. Se você entra sem organização de estoque, preço e margem, pode vender muito e lucrar pouco.
Como organizar seu uso de e-marketplace
Para o uso desse modelo de forma saudável:
Organize seu estoque: saber exatamente o que você tem, em que quantidade, e evitar vender o que não pode entregar.
Calcule suas margens: inclua comissão, frete, embalagem, impostos e veja se a venda compensa.
Monitore indicadores:
taxa de conversão,
produtos mais vendidos,
produtos que só ocupam espaço,
avaliações e comentários dos clientes.
Crie padrões: descrição, foto, atendimento pós-venda, prazos. Isso ajuda a ganhar reputação.
Com IA e automação, dá para:
automatizar respostas iniciais a dúvidas frequentes dos clientes,
organizar pedidos em um único lugar (mesmo vendendo em mais de um marketplace),
usar regras para não deixar produtos à venda quando estoque estiver crítico.
Mais uma vez: organização dá lucro. Sem controle, marketplace vira caos operacional.
Como escolher entre os principais modelos de vendas (ou combinar todos)
Você não precisa escolher um único modelo para sempre. Mas precisa ter clareza de qual é o modelo principal do seu negócio hoje.
Quando focar em Funil de Vendas
Indicado se você:
vende serviços (consultoria, estética, advocacia, contabilidade, arquitetura etc.),
atua com vendas B2B (para outras empresas),
ou tem um processo de venda que não é de “cliquei e comprei”; exige conversa.
Aqui, o Funil de Vendas é o modelo central. Os outros canais e modelos podem alimentar o topo desse funil.
Quando usar conceitos do Marketing Multinível
Mesmo sem ser MMN, você pode aproveitar se:
seu produto tem recorrência (consumo frequente),
você pode formar revendedores, representantes ou parceiros,
quer crescer muito por indicação e relacionamento.
O segredo é trazer o melhor do modelo (rede, indicação, treinamento) sem promessas irreais e com total foco em cliente real.
Quando apostar em e-marketplace
Faz sentido para quem:
vende produtos físicos,
quer começar a vender online com menos atrito,
está pronto para organizar estoque, cadastro e logística.
Você pode usar o marketplace como:
canal principal (no começo),
ou um canal complementar, enquanto fortalece sua própria base de clientes.
O “jeito OQV” de olhar para modelos de vendas
Na OQV, a gente enxerga os modelos de vendas como blocos de construção. Não é sobre copiar o que “está na moda”, mas:
entender como seu cliente prefere comprar,
estruturar um processo claro, com etapas e responsabilidades,
automatizar o que for repetitivo,
usar IA para ganhar velocidade e personalização,
e medir resultados com regularidade.
Em negócios pequenos, isso é ainda mais importante, porque:
você não tem equipe gigante para consertar erros,
não tem orçamento infinito para testar tudo,
e qualquer bagunça de vendas impacta direto no seu bolso.
O que mata pequeno negócio não é falta de ideia. É falta de processo para transformar ideia em venda recorrente.
Conclusão: organizar seus modelos de vendas é organizar seu lucro
Funil de Vendas, Marketing Multinível, E-marketplace… todos são modelos de vendas que podem aumentar a eficiência comercial do seu negócio. Mas só funcionam de verdade quando:
você entende o que está fazendo,
transforma isso em um processo claro,
e usa organização + automação + IA para ganhar escala sem perder o controle.
Não importa se hoje você vende pelo WhatsApp, no boca a boca, em marketplaces ou em visitas presenciais. Sempre dá para:
desenhar seu funil,
organizar seu fluxo,
automatizar partes do processo,
e parar de depender só de “correria” para bater meta.
A pergunta que fica é:
Você quer continuar vendendo como dá, ou está pronto para organizar seus modelos de vendas e fazer seu negócio trabalhar a seu favor?
Se você sentiu que está na hora de ter mais clareza, previsibilidade e controle sobre suas vendas, vale dar o próximo passo e descobrir como a OQV pode ajudar seu negócio a organizar processos, automatizar o que cansa e usar IA de forma simples para vender com mais consistência e menos caos.
